23 de dezembro de 2015
No último dia 15 de dezembro, a comunidade Eliezer Max reuniu-se na ARI para uma sessão especial beneficente da peça “Brimas”, com renda revertida para a Marcha pela Vida 2015. Na peça de Beth Zalcman e Simone Kalil, indicada ao Prêmio Shell de melhor texto, duas senhoras vindas do Egito e do Líbano para o Brasil, no inicio do século XX, relembram episódios de suas vidas de imigrantes.
Enquanto as duas personagens, baseada nas avós das duas atrizes, preparam kibes para um velório, lembranças ternas, emocionantes e engraçadas se sucedem, em uma narrativa de identidade, perda e reconstrução bastante universal. No debate que se seguiu à apresentação, o diretor Luiz Antonio Rocha destacou o fato de que a peça, a partir de um único cenário e com apenas duas atrizes em cena, consegue atingir toda a humanidade presente nos espectadores, que se reconhecem, se emocionam e se divertem, seja qual for a sua origem. De fato, Beth Zalcman relembrou o depoimento de um imigrante nordestino que, ao assistir a peça, comentou que conseguiu identificar-se com o estrangeiro, que chega sem saber onde vai dormir, com que irá trabalhar, e como será vida em um novo lugar tão diferente.
O coordenador de Cultura Judaica do Eliezer Max, Michel Gherman, enfatizou a importância de uma encenação que fala sobre imigração dos judeus árabes sem excluir a identidade árabe, e que busca similitudes com outras narrativas, representadas pela personagem católica.
Agradecemos às atrizes, ao diretor, à comissão organizadora e a todos que contribuíram para a realização dessa noite tão especial, e que, com o seu trabalho ou a sua presença, nos deixaram um pouco mais próximos da nossa meta para a Marcha Pela Vida 2016.
